domingo, 1 de maio de 2011

Aventuras no "Buraco" do Inferno! Salve KEIGAN!



Sem constância as always, mas cá vamos nós.

Esta narração cobre a conhecida aventura Keep of the Shadownfell, sob a destra de Romalito San. Esta foi nossa primeira aventura e trata de como iniciamos o grupo de aventureiros, e jogadores também, já que os anteriores foram de pouca duração. Mas agora estamos firmes como uma parede de escudos. SHIELD WAAAAAAAAAAAAAAAAAAAALL*!
Tudo teve início quando Barash Hodr, um jovem guerreiro dragonborn de pele mais pálida que o normal (não sabíamos que a cor da pele não acompanha o elemento da baforada, Fuck!), habitante das proximidades do vilarejo de Abrigo do Inverno e que perdera a pouco seu pai, resolveu fazer a vida por sí e correu até o fortim da vila, em busca de algum serviço mercenário para pagar suas nada modestas refeições e lhe proporcionar alguma ação para garantir que não enferrujaria as habilidades que seu pai lhe passara.


Já na pequena vila Barash descobre que os comerciantes não chegam ou saem de lá, a única estrada foi infestada por kobolds, e o Lord da Vila pagaria bem a quem resolvesse a situação. Missão perfeita, pensou ele, o mesmo que pensava uma pequena coisinha fedorenta que havia chegado a pouco e buscava desesperadamente todo dinheiro que pudesse arrecadar. Um pequeno goblin, que estranhamente era de cor cinza, exigiu o serviço para sí. Não querendo perder a oportunidade de conseguir dinheiro fácil e rápido, (mas como não seria uma boa idéia se opor à um dragão com lá suas 4x o seu tamanho) aceitou dividir o serviço.

O pequeno covarde era Tifuro, do clã dos Venqti, irmão do guerreiro goblin Tibato e do grande caçador Tiatiro, e precisava de dinheiro para ajudar seu amigo e tutor que estava em problemas na vila de Queda Escarpada, por isso não gostou da idéia de aceitar mais dois interessados para dividir os lucros. Eram eles Maistein Ki'Omata (nosso nobre amigo Makió, que foi forçado a deixar a mesa por problemas pessoais mas que fez por merecer, mais tarde, a alteração do nome do personagem para Maistein Makió) o astuto Clérigo de Melora que fora quase expulso de sua aldeia shifter da floresta próxima, que manejava uma alabarda (para a qual não tinha a mínima habilidade) e que tinha uma boa fortuna que compensava sua inépcia em combate; e a desconfiada Paladina de Ioun Raven Magnusdottir, filha da nobreza Queda-Escarpadiana que, após ordenada, fora enviada por seu tutor no templo de Queda Escarpada para investigar cultos malignos na região como sua primeira missão. Ao menos foi o que a garota de gênio forte disse.
Não foi fácil convencer o goblin teimoso, mas com a simpatia que o dragonborn teve por ambos (u.u é minha namorada mesmo, e daí?) e graças ao "argumento afiado" que a jovem humana brandia (e que causava 1d10 de dano), Tifuro concordou ser mais "seguro" se todos fossem juntos.
A missão foi rápida e eficiente, não tardou para encontrarem o covil kobold onde o grupo se mostrou agressivo, corajoso e brutal (ou seja, noob), mesmo a jovem Raven se recusava a sacar o escudo! Lá também descobriram o motivo da fedentina que os seguia, pois o goblin fez as mais impressionantes piruetas para escapar das águas do às margens do qual o combate havia se desenrolado. Mas logo todos haviam caído sob suas lâminas e haviam ido mais longe. Descobriram uma estranha escavação na qual lutaram com tipos estranhos (dos quais não lembro XD) e atestaram a existência de algum tipo de culto na região.

Porque que lugar melhor para esconder um buraco
que as ruínas de um forte abandonado o meio da floresta?
Retornaram vitoriosos e informaram do ocorrido, sendo convidados a investigar as ruinas de um antigo forte que, segundo a compreensão de Barash e Tifuro, guardava um buraco tão fundo que ia dar no mundo dos mortos. Após muita discussão onde a serva de Ioun queria investigar melhor (leia-se matar) a elfa Ninaran por "parecer suspeita", todos concordaram que se matassem a mulher sem razão seriam presos (pois seu 20 no teste de percepção não poderia ser usado como prova no julgamento) e que se não fizessem algo quanto ao fortim abandonado as criaturas do submundo emergiriam. Partiram todos então ao Forte para impedir a abertura da fenda, mesmo que Barash se perguntasse o motivo de não levarem pás para isso.

Romalito não é um "Mestre dos Mistérios", então após o culto descoberto muito sangue jorrou enquanto o grupo forçava a passagem corredor a baixo pelas masmorras do Forte em ruínas. Durante a descida os combates foram numerosos e intensos, nos quais os aventureiros aprenderam que o que estava em jogo era muito mais do que esperavam. Diante do que, Raven aprendeu a confiar sua vida e sua espada à sua deusa, abandonando definitivamente a proteção que sua pesada armadura e seu escudo representavam e dedicando cada golpe e cada inimigo caído aos desejos de sua senhora, se tornando uma sagrada lâmina vingadora da divindade (mudou de classe para Avenger e finalmente pode não-usar escudo na santa paz). Barash por sua vez entregou-se totalmente à fúria da batalha, abandonando as escamas de metal que limitavam sua mobilidade, e libertando os instintos mais ancestrais de sua raça, explodindo em fúria brutal para opor-se a seus inimigos (mudou de classe para Barbarian - Não tenho culpa, não queria um Fighter, mas não saiu Bárbaro no PHB* 1 u.u).

Encontramos a alma atormentada do comandante do forte que quase nos matou, mas percebeu a verdade em nossos corações quando alguém gritou. "Pro Inferno! Se não acredita em nós, vamos fechar esse buraco com ou sem sua ajuda!". Lord Keinen reconheceu um pouco de seu próprio ímpeto do passado (resultado de um 20 em diplomacia do bárbaro do grupo 8D ) e concedeu sua espada mágica ao nobre Makió (graças aos deuses ele largou aquela maldita alabarda). Percebemos então que os mortos e até os deuses estavam conosco quando, ao entrarmos no salão de oração fomos atacados por levas infindáveis de esqueletos guerreiros que guardavam o local e, após muito combate, Barash, reconhecendo em um dos altares o patrono de sua raça, o deus Bahamuth, lançou fora o machado e ajoelhou-se em prece diante da estátua, fazendo os guardiões retrocederem (gente, depois de levar tanta porrada, juro, eu rezei de verdade! É nessas horas que vc percebe que joga RPG demais...).
Os deuses queriam a vitória do grupo, disso eram prova o clérigo felino (o "gatinho") e a dama da morte na qual Raven se metamorfoseara após entregar seus punhos à sua deusa. O dragonborn percebeu que seu deus o olhava e guardava, mesmo quando ele nunca o reverenciara, e sua crença de que a selvageria lhe bastava para a vitória fora abalada. Muitas foram as conversas trocadas entre ele e os dois servos dos deuses a partir de então, sob os olhos atentos e desconfiados de Tifuro que mapeava o lugar (graduandos em geografia, nunca os traga para uma descrição do terreno, ¬¬).

O goblin se preocupava, pois precisava de muito dinheiro, por isso estava desenhando o tosco e mal-feito mapa (mal feito sim, não era treinado em Natureza u.u) para um estranho fazendeiro que lhe oferecera ouro pelo mapa (de onde o fazendeiro ia tirar 250 PO pra dar por um pedaço de papel... se discute até hoje). Precisava pagar pela liberdade daquele que fora seu único amigo, ao menos até recentemente. Nesses poucos dias o dragão guerreiro salvara seu "couro magrela" mais vezes que Tifuro sabia contar (excedia o nº de dedos, então era incalculável) e ele próprio já salvara igual número de vezes aquele "traseiro escamoso desastrado". Ninguém ali se incomodava de sua raça, nem de sua cor, eles o respeitavam pelo que sabia fazer e, cada vez mais, por quem ele era (tinha até conseguido um dragão de montaria, feito que goblin nenhum jamais alcançou, heheh). Mas agora Barash estava meio diferente, mais pensativo. Mas isso seria assunto posterior, eles tinham que salvar o mundo, e ele tinha que voltar a Queda Escarpada com o dinheiro e impedir a morte de seu melhor amigo.

Não sou velho, tenho muito XP.
Quando finalmente encontraram o clérigo  Kalarel, o Vil, servo do Príncipe Demônio Órcus - após serem alcançados por uma feiticeira elfa, cujo nome desconheciam, (triste quando player descobre na marra que emprego+estudo+rpg=FUUUUU...) mas que fugiu logo em seguida, e por um feiticeiro tiefling chamado Nero que, contudo tenha lutado com eles alguns combates, igualmente sumira (o lugar parecia espantar utilizadores de magia) - Raven então revelou a quem realmente servia, àquela que lhe dava nome, à Raven Queen, Senhora da Morte e inimiga jurada de Orcus, e estava alí para acabar com aquela profanação. Perplexos com a verdade sobre a "serva de Ioun", seus amigos não tiveram porém tempo de exigir explicações, pois a batalha foi ferrenha e após a dura derrota de seus aliados Kalarel buscou refúgio nas inquietas criaturas que buscavam sair pelo portal. Mas Raven mostrou que não havia fuga para seus inimigos e, em uma investida furiosa esquivando-se de dezenas de garras sombrias que se projetavam pelo portal (ela não viu que já estava no alcance da armadilha ;D), a garota agarrou o clérigo maligno e o teleportou para o meio de seus amigos, onde todos puderam gabar de ter arrancado um pouco de Kalarel (MONTINHOOOOOOOOOOOOO).

Sem mais perigos o grupo se furtou a maiores explicações por hora, estavam exaustos e imundos, tomando os pertences malignos de Kalarel (com o corpo devidamente separado da cabeça, tornando-se tradição do grupo) e decididos a destruir o mapa da fortaleza para garantir que ninguém mais a tomaria retornaram em triunfo ao vilarejo, onde foram cumprimentados por todos e recebidos como os heróis da vila na taverna, após o merecido banho (mesmo Tifuro foi forçado a tomar, agarrado por Makió e Barash e arrastado à tina). A noite terminou em festa e bebidas da qual todos compartilharam, ouvindo a "detalhada" descrição que Tifuro, de cima do balcão, dava do combate no qual Barash havia cuspido gelo em 50 esqueletos em um sopro, enquanto Raven decapitava outros 50 zumbis em uma única carga e o clérigo despedaçava dezenas de hobgoblins impiedosamente até a aparição de Kalarel que derrubou a todos, menos o goblin, quem estripou o chefe maligno com sua adaga sozinho, salvando assim a vila e seus companheiros que arrastaram o corpo "encolhido" do servo de Orcus (pois "antes de morrer ele tinha 4x esse tamanho!").

Haviam explicações a dar, viagens a fazer e decisões a tomar, mas isso é uma outra história...

*Shieldwall (piada interna): ou parede de escudos, formação de combate característica dos povos "bárbaros" europeus, consiste em manter os guerreiros em linha ombro-a-ombro com seus escudos sobrepostos no formato "escama-de-peixe", dispersando o impacto pelos companheiros ao lado, formando uma parede feita de escudos. Dãh! Muito útil em formações defensivas, como o show do Iron Mayden por exemplo (MALITO! UUUUUUUHAAAAAAAAAAAA! LOL).
Treinado para lutar com inteligência pelo pai, quando fighter, Barash acreditava que, em perigo, manter uma formação coesa e defensiva salvaria o grupo, então quando a coisa apertava ele gritava SHIELD WAAAAAAAAAAAALL! e ficava fulo pq ninguém o ouvia.
Depois que se tornou barbarian ele passou a achar essas sutilezas de somenos importância.

*PHB 1: Player's Handbook 1, o que trouxe a 4ª E, mas se esqueceu de uma carrada de classes no caminho.

9 comentários:

  1. hahaha, excelente resumo!

    Mas o nome do grupo não é Matilha do Inverno?!

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  2. Nham, poisé. Na verdade, como não oficializamos nunca o nome, considerei que "Matilha do Inverno" era bem característico da 1ª formação de "arrancadores de cabeças". Tinhamos um guerreiro bárbaro, um ladino "bárbaro", uma paladina bárbara que se recusava a usar escudo e queria um machado brutal, até o nosso clérigo era um felino gigante de uma tribo bárbara (tribo bárbara baitolona e vegetariana, mas bárbara). Mas a partir da 2ª aventura a coisa muda bastante, o bárbaro virou palada, o ladino sumiu e deu lugar a um agente da ordem institucional (leia-se militar, shuahsuahs) e não muito depois o capeta do grupo é substituido por um palada/mago. O grupo virou predominantemente Power Source: Divine. Ficou mais uma coisa "Bem/Ordem x Mal/Caos". Daí eu colocar esse fundo e, diante disso, considerar que, diante do empate na votação, este nome seria mais coerente com a nova conformação ético-religiosa do grupo.

    XD

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  3. Como assim nao sou um "Mestre dos Misterios"? A revelação estava prevista no roteiro da aventura xD

    Mestre dos Misterios é o Nando, que faz a gente procurar um mago para abrir um pergaminho, atravessamos uma floresta patrulhada por kobolds devotos de uma dragonesa, chegando na torre do tal mago, acabamos encontrando-o catatonico sob a insanidade do seu pupilo, e entao somos perseguidos pela dragonesa e chegamos numa cidade dominada pelos mortos-vivos devido a magia negra de um culto para Orcus, liderado pelo primo-gemeo do mestre da Raven. Bem, a pergunta final é: o quê que os kobolds e a dragonesa tem com os mortos-vivos?!

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  4. Muito bom o resumão da primeira parte da campanha ^^
    legal, mas faltou a parte em que os personagens ficaram traumatizados e quase passaram a usar apenas armas de impacto, depois que o Barash dividiu uma geleia ocre ao meio... transformando UM problema em DOIS!!! =P

    Sem contar que passamos 1 ano (fora do jogo) pra terminar essa aventura =P começamos no nv 1 e terminamos praticamente no nv 5.

    Salve o Makió, falar nisso alguém já mandou esse link pra ele?? Se ele voltasse com o "Mastein" seria duca!!!!

    Tô aguardando as cenas dos próximos episódios!!!!
    *Comendo pipoca e colocando os óculos 3D!*

    - Nando Alves

    PS: Ei malito!! Ok, vou revelar: a dragonesa e o os mortos vivos nãop tp... pdudtda qdude pdadrdidud od tdedcdldadddod fdidcdodu ddodiddddo!d!

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  5. Ah, o que tem av "Aventuras no Buraco do Inferno"? Shadowfell n é o Inferno =P é o plano das sombras, da morte e da melancolia. Oposto a Feywild, o plano da natureza, da vida e da beleza. Colca assim: "Aventura na fenda sombria... tragam suas pás e lanternas... sem trocadilhos"

    E o que Keigan faz por aqui?? =P

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  6. 1. Vou colocar o episódio da geleca.
    2.U.U achei que fosse um buraco, e se não é bacana, tudo é inferno,Shadownfell, o FarRealm, o Abismo, a torre do Theverius, a casa do Tifuro, só muda a quantidade de capetas que sai de lá, da toca do goblin só saiu um. Vai saber quantos tem em um lugar guardado por uma fortaleza????
    O.o

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  7. Ah, e o keigan deu uma espada mágica ao Makió, possibilitando que ele largasse a alabarda e usasse escudo, salvando a bundinha felina dele, e por tabela... as nossas. Ô esqueletinho poderoso.

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  8. Hahahahahaha!Boa Malito, o que a dragonesa e os kobolds têm a ver com os mortos-vivos, hein Nandu?
    E não venha com essa enrolação de palavrão de revista em quadrinhos, vamos instaurar um procedimento administrativo para investigar melhor isso, hehehe. Brinks.
    Aquele maldito vampiro piloso! Cortem a cabeça!

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  9. Mas, cara por que essa perseguição com a Raven? Ela é uma serva fiel da Raven Queen, parem de dizer que ela é bárbara!
    "Campanha blogueiro faça o perfil do Mike", que concorda levanta a mão \o/.

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